Você está em:
O magnetismo inicia-se no título: Breve segunda vida de uma ideia. Pousa na apresentação, Preâmbulo magnético explicativo, espécie de bastidor do processo criativo de Solemar Oliveira. E dissemina-se textos afora. Uma listra negra transmuta-se em personagem e age como se humana. Um cão falante. A leitura de cada conto, do início ao fim, impacta o leitor como se ele navegasse nas águas de um rio de correntezas e abissos, ciceroneado por sustos e assombros, no confronto com a dimensão do caos (nome de personagem em Doçura dos tártaros). Ágata (pedra e deusa romana da fortuna e dos minerais), um primor de conto! Atual, metaforicamente refinado na crítica sociopolítica. Narrativas curtas, bem tramadas. Descrições tecidas com fios poéticos ou farpados. Contos fantásticos, em toda a acepção da palavra. Expressivas prosopopeias, hipérboles, sinestesias, malabarismos linguísticos, semânticos, ironias, críticas. O inverossímil quase crível. O místico em conluio com o mítico. Deleite-se, leitor!
Escritor, físico e professor. Bacharel e mestre em Física pela
Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutor em Física pela Universidade de São
Paulo (USP). Membro da Academia Anapolina de Letras (Anale). Obras publicadas:
Rosa de vênus (2012), Fúnebre sinfonia para Prometeu ateu (2013), Desconstruindo
Sofia (2017), Confraria dos homens invisíveis (O livro da mitologia dos seres
deselegantemente arbitrários) (2017), Metamorfoses (2018), Andaluz (2019) e As
casas do Sul e do Norte (2019) – Vencedor do Prêmio Literário Bolsa Hugo de
Carvalho Ramos