Você está em:
JANGUIÊ DINIZ aqui se apresenta de coração
totalmente aberto, colocando em cada verso de seus poemas sua ansiedade e
preocupação com a realidade social. Ademais, mostra avidamente o seu lado
eminentemente romântico quando assevera:
Meu amor por ti é como um dia ensolarado.
Tão jubiloso e alegre, tão brilhante e iluminado”.
Como poeta que é, por meio de seus versos, procura mostrar
ao leitor que o problema social é problema de todos; e frisa:
“Vejam a vida,
As poesias,
E até mesmo o marajá
Mas não deixe a fome se alastrar Pelo amor de Deus.”
Janguiê também aborda o tema que às vezes o deixa
angustiado: a perplexidade. Em “Quem sou eu” observamos:
“Será que sou máquina eminentemente repleta de sentimentos?
Ou será que sou ente substancialmente desprovido de tal coisa?”
Em se falando em perplexidade, pensa-se logo na vida e na
maneira de viver. Qual a razão de tanta luta, luta por demais incerta e que um
dia subitamente terá fim.
“A vida é um restrito e estreito vão em que todos
lutam impetuosamente e com presunção para angariar riquezas que, no fundo, são
“apenasmente” bagatelas. Ou será que a vida é a época com que o criador nos
presenteou para que vivamos em condição de paz e de amor lado a lado aos nossos
semelhantes?”
____