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É secular o confronto entre Estado e arte. O primeiro busca submetê-la ou utilizá-la como propaganda oficial do governo. A segunda resiste e, sutilmente, mostra o ridículo da imposição. O Estado se vale da violência; a arte da perspicácia.
O texto analisa os movimentos artísticos em diversos momentos históricos e seu correspondente no mundo jurídico. O Estado usa a tributação e o poder de polícia para restringir a liberdade artística. A arte busca escapar dela. O Estado limita patrocínio ou financia os que são ideologicamente sintonizados. A arte cria novos caminhos.
O
autor não se preocupa exclusivamente com a norma jurídica; busca vê-la
ao lado dos movimentos artísticos e na fluência do tempo. A sociedade agradece.
É professor titular aposentado da Universidade de São Paulo (USP). Foi juiz de carreira e desembargador no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e é autor de livros de Filosofia, Ciência Política e Direito. Hoje, leciona temas – inquietantes – como “O orçamento como instrumento de felicidade e dominação”, “Direito e jogo de azar” e “Direito e arte” em cursos de pós-graduação da USP. É autor dos romances “O desterro é o destino”, “Somos todos órfãos” e “As águas não são impetuosas”, publicados pelo Grupo Novo Século, entre outros.