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08/03/2020
Hoje é dia 8 de março. A luta que antecedeu a fixação de um Dia Internacional da Mulher data do século XX e foi marcada por movimentos em busca do direito ao voto, condições melhores de trabalho e maior visibilidade em áreas com predominante presença masculina. Em 1910 a Internacional Socialista proclamou o Dia Internacional da Mulher, um dia para lembrar das lutas pela independência feminina.
A presença feminina ainda é pauta na política, nas universidades, no mercado de trabalho e, também, na literatura. Em condições sociais que sempre desproveram a mulher no acesso livre e direto aos livros e à produção deles, como a cultura que designa ao homem a "função intelectual e trabalhadora" e a necessidade ainda existente de jornada dupla pela maioria das mulheres do Brasil, hoje 72% dos autores brasileiros são homens (segundo estudo realizado pela pesquisadora, crítica literária, professora e escritora Regina Dalcastagné). A Academia Brasileira de Letras possui 40 membros; dentre eles, somente 5 são mulheres.
Para este dia, trazemos uma reflexão necessária para ser feita no Dia da Mulher. Você já parou para contar quantas autoras existem na sua estante? Experimente retirar todos os livros escritos por homens e deixar apenas os de escritoras. Quantos sobraram? Da sua lista de autores preferidos, quantos deles são mulheres?
Que tal praticar a preferência na leitura de obras escritas por elas?
Aqui temos algumas dicas de livros de autoras com histórias incríveis publicados pela Novo Século!
Neste título, Roxane Gay disserta sobre seu constante "fracasso" como feminista. Defende a igualdade entre mulheres e homens em aspectos sociais, mas acredite que não alcança o patamar de "boa feminista" - com tantos estereótipos que o adjetivo "feminista" carrega. Portanto, criou essa expressão cômica para se referir a si dentro do movimento. O texto traz um debate sobre o feminismo atual e suas contradições e revela que inclusive dentro do feminismo existem mulheres com imperfeições. Um dos capítulos mais famosos é o de união entre mulheres - "Como fazer amizade com outra mulher" -, ensaio que critica a cultura de mulheres competirem entre si e terem a ideia de amizade feminina como algo tóxico, colocando-se umas contra as outras e constantemente se sentirem orgulhosas por terem mais amizades com homens.
Roxane é ensaísta, escritora e ativista norte-americana. Aos 12 anos, sofreu um estupro coletivo, o que a levou a usar seu corpo como escudo para evitar futuros ataques semelhantes, chegando a engordar até os 262kg. Ao falar sobre esse trauma, defende que expressar as experiências que já viveu pode ajudar outras mulheres a não se sentirem sozinhas.
Hoje, Roxane tem 45 anos, muitas de suas obras de sucesso pelo mundo e acredita que o feminismo é mais necessário do que nunca, mas que prefere ser uma má feminista do que não ser uma.
Uma biografia contundente, perspicaz e divertida como uma legítima obra de Jane Austen, a vida revelada da escritora mais importante do século XIX. Autora de importantes obras como "Orgulho e Preconceito", "Razão e Sensibilidade" e "Emma".
Embora seja uma das escritoras mais amadas de todos os tempos, Jane Austen ainda é uma figura de grande mistério. Seria ela a gentil e doce tia Jane? Ou uma moça de língua afiada, ardilosa, como sugere sua escrita? Como passava seus dias? E, se ela nunca alcançou o mesmo final feliz de suas personagens, teria ao menos encontrado o amor verdadeiro?
Ambientando sua narrativa no contexto da aristocracia inglesa do século XIX, Catherine Reef extrai informações de cartas escritas por Austen para conceber um relato íntimo de vida dos sentimentos da escritora. A narrativa inclui detalhes dos seis fascinantes romances publicados pela escritora.
Catherine Reef é autora de mais de quarenta livros. Dentre eles, escreveu as biografias de renomados escritores como Ernest Hemingway, John Steinbeck, Walt Whitman, E. E. Cummings e as irmãs Brontë.
Este lançamento é um livro que mistura poesias e crônicas baseados no caminho pessoal da autora, o que rendeu uma obra que conversa com o leitor sobre o reconhecimento individual após decepções amorosas.
Dividida em pequenos textos, a obra expressa os aprendizados de Andressa sobre amar as cicatrizes que um dia já foram machucados, causando dores internas e nos fechando para o mundo; desacreditando do amor. A autora caminha pela compreensão de que só será possível amar alguém quando o amor-próprio vier primeiro - e por inteiro.
Andressa tem 20 anos e é estudante de Jornalismo. Ela acredita que a literatura pode mudar a vida das pessoas.