Como conciliar o problema do mal que nos atinge com a ideia de um Deus que, segundo o cristianismo, é amor? Como suportar as afirmações cristãs da onipotência, onisciência e onipresença divinas diante de tantas tragédias e de inúmeros desastres? Teria Deus abandonado a sua criação aos caprichos do acaso? Teria Ele submetido todas as coisas às forças desagregadoras do mal? Seria Deus insensível às lágrimas e aos lamentos de Seus filhos e de Suas Filhas?
Em Lágrima-de-Cristo: discurso sobre a vida e a morte, de árvores e pessoas , o pastor Roberto Miguel aborda essas questões a partir da experiência da morte de seu filho recém-nascido e da observação cuidadosa do ciclo de vida de uma planta, a 'Lágrima-de-Cristo'. Aqui, a questão da existência de Deus não está posta. Para o autor, as respostas adequadas a essas perguntas passam, necessariamente, pela visão do Gólgota, lugar em que se encontram unidos, de forma mais intensa e de maneira mais evidente, o sofrimento e o amor desse Deus na pessoa de Jesus Cristo.
Escrito com piedade e erudição, este é um livro que contribui significativamente para o anúncio dos atos divinos da redenção, a reafirmação das verdades divinamente reveladas e o questionamento dos rumos da Igreja deste tempo.