O prólogo de Não foi bem assim já deixa ver que, sob o manto da ficção, há o elemento real a tornar dramática sua narrativa. Nela, expõe-se o lado oculto do Ministério Público, a envolver as motivações íntimas de cada um de seus atores, naquilo que se convencionou chamar “a defesa da sociedade”. Os mais de trinta anos de exercício da profissão permitiram ao autor conhecer o arcabouço de circunstâncias que podem determinar, para o bem ou para o mal, a atuação de seus membros.
Num julgamento, o suspense leva o leitor a se defrontar com o mundo da política; dos meandros do poder e da justiça, remetendo-o, ao mesmo tempo, aos seus dilemas mais pessoais, que talvez acreditasse serem únicos e só seus.
Personagens extraídos da realidade caminham por episódios que despertam a emoção e a sensibilidade ao cuidarem da realização pessoal, do casamento e da traição, da guarda dos filhos e da alienação parental; enfim, daquilo que nos importa na vida.