A dignidade humana não é assunto a ser tratado exclusivamente no divã ou entre quatro paredes. É tema que precisa ganhar as ruas, as escolas, as repartições públicas e privadas, enfim, os mais diversos espaços de convivências e realizações humanas. A dignidade é categoria cuja expressão é multifacetada. Sua aplicação não se dá em um único viés da vida, mas em todas as possibilidades de sua existência: na educação, na política, nas condutas e comportamentos sociais, na cultura. Não basta, portanto, ser ser humano, ainda que possa parecer redundante, é preciso ser e existir enquanto ser humano.
O plural do diverso: conversas sobre a dignidade humana, num misto de literatura, práxis, sentimentos, sonhos, desejos, utopias e poesia, tem como terreno comum das trinta crônicas que o integram, o debate acerca da percepção da dignidade humana para além das fronteiras do jurídico, dos eloquentes e banalizados discursos, ou mesmo para além de um mero aspecto conceitual, revelando em suas passagens, direta ou indiretamente, sustentados na pluralidade do diverso, que não somos seres de poucos, mas seres de multidões.